segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Iron Maiden Tribute: Numbers From The Beast [2000]
O bem relacionado (apesar de Graham Bonnet pensar o contrário) Bob Kulick homenageou diversos artistas com seus tributos. Lógico que a Donzela de Ferro não poderia ficar de fora. Eis que surge Numbers From The Beast, álbum que reúne uma verdadeira constelação interpretando clássicos de Steve Harris e seus comparsas. Chega a ser curioso conferir alguns artistas totalmetificados com a cena Hard Rock norte-americana mandando ver em sons de uma das bandas mais identificados com o Reino Unido e seu estilo metálico. Por isso, fica evidente a diferença na pegada de algumas faixas, o que não significa que tenha ficado ruim, muito pelo contrário.
Obviamente, como em todos exemplares do gênero, existem as boas e más execuções. No primeiro time, temos a abertura com “Run To The Hills”, com Michael Schenker impondo sua característica como guitarrista, enquanto seu eterno parceiro Robin McAuley faz o serviço do seu jeito. Paul Di’Anno não perde chance de cantar Iron Maiden nem que seja para fazer uma auto-homenagem. Mas a verdade é que poucos conseguiriam interpretar “Wrathchild” com a mesma garra, mesmo apótanto tempo. Apoiado por uma banda de feras como Alex Skolnick, ao invés dos pistoleiros de aluguel de sempre, a coisa fica ainda melhor.
Por mais estranho que seja ouvir Lemmy cantando “The Trooper”, não dá para negar que chega a soar divertido. Mas quem se destaca de verdade nos vocais é o sempre eficiente Jeff Scott Soto, alcançando aquelas notas impossíveis e fazendo a gente deixar um pouco de lado a bizarrice que Nuno Bettencourt tenta fazer com os fraseados originais. Passível de uma surra de cinta em praça pública, para dizer o mínimo. Outro que honra a interpretação é Joe Lynn Turner em “2 Minutes To Midnight”, com um inspirado Richie Kotzen mostrando que passa por qualquer vertente do Rock com a categoria que já é conhecida.
Outro que se sai muito bem é Doug Aldrich, respeitando as partes de guitarra de “Flight Of Icarus” como elas merecem. Aliás, temos nessa faixa praticamente um Dio, sendo que até o vocalista faz parte da “família”, assumindo atualmente o microfone no Dio Disciples. Um destaque curioso vai para a faixa que encerra o play, “The Wickerman”, mostrando que o pessoal não se limitou apenas à fase de maior reconhecimento da banda. Um prato cheio para quem gosta desse tipo de trabalho, mesmo com as variações que já são de praxe. Mas uma bela homenagem a uma das maiores bandas de todos os tempos.
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